PSICOLOGIA POSITIVA

Psicologia Positiva uma nova abordagem  científica na psicologia em pleno processo de desenvolvimento

A Psicologia Positiva reconhece a existência do sofrimento humano, situações de risco e patologias, no entanto não está restrita apenas a reparar o que há de errado ou ruim, mas reconstruir as qualidades positivas da pessoa.

Atualmente, já é possível entender o que é bem-estar, como mensurá-lo, como atingi-lo por mais tempo, de maneira mais científica do que empírica. Sendo assim,  estratégias que beneficiam seu alcance já foram sugeridas por alguns pesquisadores e cientistas, como Martin Seligman, da Universidade da Pensilvânia dentre outros.

Martin Seligma, desde que assumiu a presidência da American Psychology Association (APA) ele vem pesquisando e se questionando de como a psicologia vinha, até então, negligenciando o estudo dos aspectos virtuosos da natureza humana.

Paludo e Koller ( 2007). Ao utilizarem a palavra-chave “ depressão”, encontraram mais de 10 mil artigos relacionados ao tema, entre 1970 e 2006. No entanto, encontraram apenas menos de 5 mil artigos quando pesquisaram a palavra-chave “felicidade”.

A psicologia se preocupou em estudar e pesquisar o “lado negro” do ser humano, isto é, doença, defeitos, fraquezas, falhas e dificuldades humanas, negligenciando, assim, os aspectos saudáveis.

Esta nova ciência está voltada para identificação e compreensão das qualidades e virtudes dos seres humanos, bem como para auxiliar a construção de vidas mais felizes e produtivas (Snyder e Lopez, 2009). Para Paludo e Koller (2007), essa nova proposta científica objetiva melhorar a qualidade de vida e prevenir patologias, ou seja a psicologia positiva tem o objetivo de estudar cientificamente os aspectos virtuosos presente nas pessoas. O cultivo das emoções positivas pode colaborar para amenizar os efeitos negativos, interferindo positivamente sobre a vida social das pessoas através do melhoramento das interações sociais.

Emoções positivas constroem e reforçam forças pessoais, criam bons hábitos mentais, constroem e solidificam relações significativas e melhoram a saúde física. Visto que todos estes fatores contribuem para a redução dos níveis de hormônios ligados ao estresse e liberam mais dopamina e opiáceos hormônios ligados ao bem estar.

De acordo com os resultados da pesquisa de Lyubomirsky, Ken e David, feita em 2008, a felicidade das pessoas é atribuída 50 por cento a fatores decisivos genéticos, 10 por cento à circunstância de vida (se somos casados ou solteiros, bonitos ou feios, temos casa própria ou alugada e assim por diante) e 40 por cento ao nosso comportamento, ou seja, o que fazemos em nossa rotina diária e como pensamos. Sendo que não temos controle sobre nossa herança genética nem sobre as circunstância da vida, logo, precisamos trabalhar arduamente em estratégias para manter os 40 por cento que dependem de nós (solução dos 40 por cento). Isso significa que podemos aumentar a frequência e intensidade de nossas emoções positivas para melhorar nosso bem-estar.

Rath e Clifton (2005) desenvolveram a metáfora do balde e da concha.

Segundo os autores, possuímos um balde que enche ou é esvaziado, dependendo do que os outros nos dizem eou fazem. Possuímos uma concha utilizada para encher ou esvaziar os baldes alheios e os nossos. Quando enchemos os baldes alheios (dizendo ou fazendo algo reforçador de emoções positivas), enchemos o nosso balde também.

Experiências negativas solapam o bem-estar e a produtividade. Experiências positivas compensam ou neutralizam o efeito das experiências negativas.

Positividade faz aumentar o nível de reciprocidade e harmonia entre as pessoas, eleva a auto estima, melhora as relações interpessoais.

Negatividade é extremamente contagiosa. Basta uma ou duas pessoas para envenenar o ambiente. É fácil desabar quando estão esvaziando nossos baldes.

Durante duas semanas faça um registro e observe se está enchendo ou esvaziando o balde das pessoas a sua volta.

Quando falar ou emitir um comportamento eliciador de emoções negativas, você estará não só esvaziando o balde do outro como o seu balde também.  Ao demonstrar carinho, gratidão, interesse ou ao fazer elogios, estará enchendo o balde do outro e o nosso também.

Convidamos nosso leitor a fazer um teste consigo mesmo praticando por uma semana a metáfora do balde e da concha idealizada por Rath e do Clifton,  posteriormente, poderemos observar e refletir se estamos contribuindo para uma sociedade mais justa e fraterna e para uma melhor qualidade de vida.

REFERÊNCIAS

PORTELA, M.A ciência do bem viver – propostas  técnicas em Psicologia Positiva.

Rio de janeiro:

CPAF- RJ Editora. 2011

SELIGMAN M. Felicidade Autêntica:

Usando a nova Psicologia Positiva para a realização permanente. Rio de janeiro: Ojetiva. 2009

SELIGMAN. M. Florecer: uma nova compreensãosobre a natireza da felicidade bem-estar. Rio de janeiro: Objetiva. 2011